Contos ao Redor do Fogo
Um jogo para 3 a 5 jogadores, a pedra e o fogo.
Vocês são caçadores. Há 30 mil anos atrás. Vocês caminharam durante todo o dia sem encontrarem nenhuma presa. Estão cansados e com fome. Vocês devem contar histórias ao redor do fogueira.
O fogo pode ser representado por uma vela. Se estão fora de casa, sob árvores, poderiam fazer uma fogueira.
Se precisarem de comida durante o jogo, nada de alimentos processados. Frutas, carne de sol, nozes. Nada de queijo ou pão. Se precisar beber, use água de um cantil/garrafa ou de uma fonte natural próxima.
Dê nome uns ao outros. Nomes estranhos à sua própria língua. Quando der um nome, diga o que ele significa.
Vocês são caçadores. Longe de casa. Lá ficaram aqueles que não podem caçar e aqueles que tem outras responsabilidades. Todos esperam a volta de vocês. É inverno e eles dependem do retorno seguro de vocês. Eles são todos os outros humanos que vocês conhecem.
A linguagem é algo novo e tem grande poder. Seja cuidadoso ao dizer algo, que palavras vai usar ao contar uma história. É melhor esperar as palavras certas do que balbuciar como um córrego. Palavras criam ondas como uma pedra jogada no lago. Elas conjuram imagens. Conectam espíritos. Despertam poderes.
Há o tabu. Há o sagrado. Tenha cuidado mas seja corajoso.
Se alguém usa as palavras erradas, faça sons. Sibile. Grunhe. Talvez você tenha de gritar ou rugir para levar a maldade pra fora.
Se as palavras certas são usadas, acene com a cabeça e sorria. Diga "hum", "oh", "ah".
Pegue uma pedra do chão. Quem estiver com a pedra, entra na história. Requer muita coragem. Vocês são muito corajosos. O portador da pedra mantém seus olhos fechados enquanto conta aos outros o que ele ver. Mas os outros não são passivos. Eles fazem sons. Fazem perguntas.
A pedra é passada ao próximo caçador quando no momento oportuno. Conte sem pressa. Isto é importante.
Lembre-se que vocês caminharam durante todo o dia e não viram nenhuma presa. Lembre-se que há uma terrível escuridão no horizonte. Lembre-se que toda a sociedade humana depende de vocês.
O caçador com a pedra fecha seus olhos. Você começa a cantarolar junto, deixando o portador entrar no conto. Encontrando a mesma frequência. Adicionando sons. Usando vogais. Sussurrando. Então a cantiga morre aos poucos.
Todas as histórias começam ao se perguntar ao portador: "O que você ver?" Ele não precisa responder tudo de uma vez. Talvez a pergunta seja repetida para todos. Em uma só voz. Implorando, pedindo. A história é importante. Ela vai ajudar na caçada.
Enquanto o portador da pedra relata, os demais fazem perguntas. "Onde você está?" "Porquê?" "Quem entra?" "O que foi que ele disse?" O portador pode ou não responder, de acordo com o seu ritmo.
A pedra é passada ao próximo caçador quando o momento for adequado.
Durante os Contos ao Redor do Fogo, seres e espíritos são conhecidos por escapar dessas histórias e entrarem num caçador que não possui a pedra. A entidade falará com a língua do caçador. Sorrir com sua boca. Olhar com seus olhos.
Estes seres têm grande poder. É importante ouvi-los e tratá-los com respeito. Até que eles digam seu preço e estejam pronto para partir.
Contos ao Redor do Fogo são perigosos mas importantes para a caçada. É algo que precisa ser feito.
A história termina quando o fogo cessa ou quando um de vocês decide é hora de apagar o fogo.
Inspirado por What is a Roleplaying Game de Epidiah Ravachol e conversas recentes.
Tradução do texto Tales by the Fire, postado no blog Norwegian Style.
Vocês são caçadores. Há 30 mil anos atrás. Vocês caminharam durante todo o dia sem encontrarem nenhuma presa. Estão cansados e com fome. Vocês devem contar histórias ao redor do fogueira.
O fogo pode ser representado por uma vela. Se estão fora de casa, sob árvores, poderiam fazer uma fogueira.
Se precisarem de comida durante o jogo, nada de alimentos processados. Frutas, carne de sol, nozes. Nada de queijo ou pão. Se precisar beber, use água de um cantil/garrafa ou de uma fonte natural próxima.
Dê nome uns ao outros. Nomes estranhos à sua própria língua. Quando der um nome, diga o que ele significa.
Vocês são caçadores. Longe de casa. Lá ficaram aqueles que não podem caçar e aqueles que tem outras responsabilidades. Todos esperam a volta de vocês. É inverno e eles dependem do retorno seguro de vocês. Eles são todos os outros humanos que vocês conhecem.
A linguagem é algo novo e tem grande poder. Seja cuidadoso ao dizer algo, que palavras vai usar ao contar uma história. É melhor esperar as palavras certas do que balbuciar como um córrego. Palavras criam ondas como uma pedra jogada no lago. Elas conjuram imagens. Conectam espíritos. Despertam poderes.
Há o tabu. Há o sagrado. Tenha cuidado mas seja corajoso.
Se alguém usa as palavras erradas, faça sons. Sibile. Grunhe. Talvez você tenha de gritar ou rugir para levar a maldade pra fora.
Se as palavras certas são usadas, acene com a cabeça e sorria. Diga "hum", "oh", "ah".
Pegue uma pedra do chão. Quem estiver com a pedra, entra na história. Requer muita coragem. Vocês são muito corajosos. O portador da pedra mantém seus olhos fechados enquanto conta aos outros o que ele ver. Mas os outros não são passivos. Eles fazem sons. Fazem perguntas.
A pedra é passada ao próximo caçador quando no momento oportuno. Conte sem pressa. Isto é importante.
Lembre-se que vocês caminharam durante todo o dia e não viram nenhuma presa. Lembre-se que há uma terrível escuridão no horizonte. Lembre-se que toda a sociedade humana depende de vocês.
O caçador com a pedra fecha seus olhos. Você começa a cantarolar junto, deixando o portador entrar no conto. Encontrando a mesma frequência. Adicionando sons. Usando vogais. Sussurrando. Então a cantiga morre aos poucos.
Todas as histórias começam ao se perguntar ao portador: "O que você ver?" Ele não precisa responder tudo de uma vez. Talvez a pergunta seja repetida para todos. Em uma só voz. Implorando, pedindo. A história é importante. Ela vai ajudar na caçada.
Enquanto o portador da pedra relata, os demais fazem perguntas. "Onde você está?" "Porquê?" "Quem entra?" "O que foi que ele disse?" O portador pode ou não responder, de acordo com o seu ritmo.
A pedra é passada ao próximo caçador quando o momento for adequado.
Durante os Contos ao Redor do Fogo, seres e espíritos são conhecidos por escapar dessas histórias e entrarem num caçador que não possui a pedra. A entidade falará com a língua do caçador. Sorrir com sua boca. Olhar com seus olhos.
Estes seres têm grande poder. É importante ouvi-los e tratá-los com respeito. Até que eles digam seu preço e estejam pronto para partir.
Contos ao Redor do Fogo são perigosos mas importantes para a caçada. É algo que precisa ser feito.
A história termina quando o fogo cessa ou quando um de vocês decide é hora de apagar o fogo.
Inspirado por What is a Roleplaying Game de Epidiah Ravachol e conversas recentes.
Tradução do texto Tales by the Fire, postado no blog Norwegian Style.
Comentários
Postar um comentário