Campanha por Escrito de Forbidden Lands - Parte 1

 


Uma manhã qualquer do Minguaverão, o sol ergue cedo, iluminando os telhados de Vila do Aguaceiro. Vocês estão do outro lado do rio, tendo atravessado o val próximo, onde a água chegava até os joelhos dos mais altos. 

Agora vocês olham para as planícies ao oeste e relembram a noite anterior antes de seguir viagem. Vocês estiveram na companhia da caravana de um mercador desde as proximidades de Falender, prestando serviços de guarda, patrulhamento e até caça. 

Fizeram uma amizade mais forte com um ailônio chamado Maê, um ginete contratado. Nos últimos dias da viagem, ele passou a dividir a fogueira com vocês onde velhas e novas histórias eram contadas e bebida era passada de mão em mão. Para muitos da caravana, vocês eram o grupo mais peculiar que haviam visto até então.

Na taverna de Vila do Aguaceiro, vocês ouviram o que queriam ouvir: a história de uma lenda, uma localização não longe dali, o vislumbre de riquezas abandonadas.

Um menestrel sentou à mesa de vocês a convite do meio-elfo Hanneiros e em meio ao dedilhar delicado de seu alaúde, contou a lenda da Fortaleza Penhasco da Tempestade.

Dez gerações atrás, o cruel rei Algarod declarou que Amiendar havia se tornado superlotada. Ele buscou expandir seu reinado liderando um exército através das montanhas para Corvandor, onde o rei caiu em batalha contra as hordas demoníacas do feiticeiro Zygofer. Quando ele perdeu, perdido também foi o cetro Nekhaka, que os rumores diziam ser a fonte de seu poder. No entanto, a determinação do rei queimava tão ferozmente que ele se recusou a morrer, e por eras ele manteve sua vigília na fortaleza de Penhasco da Tempestade. As lendas dizem que Algarod voltará a marchar um dia, a fim de recuperar o cetro de Nekhaka e completar sua conquista de Corvandor. Mas a maldição foi subitamente quebrada, e o rei morto-vivo e seus homens finalmente deitaram para seu descanso final. Sussurros dizem que o tesouro de guerra de Algarod continua no Penhasco da Tempestade, para sempre guardado por espíritos malignos e pelas bestas do feiticeiro.

Quando o menestrel se despediu, vocês olharam nos olhos uns dos outros, silenciosos, mal tocando na bebida ou em qualquer comida. O primeiro a falar logo disse: - Que tal encontrarmos esse lugar? Desejo comer da melhor comida de todas as tavernas que passarmos enquanto minha vida durar. E vocês?

Outros motivos além da riqueza foram pensados naquele momento. Por fim, todos concordaram em viajar para As Covas, uma vila ao oeste onde poderiam dar a direção correta para a antiga fortaleza. Já que a caravana seguiria para o norte pelo rio, seria ali que vocês se separariam dos demais.

Despedidas se seguiram e todos foram dormir com a lenda contada pelo menestrel na cabeça. O piar de uma águia no céu tira vocês de seus pensamentos.

Hanneiros, Semielfo, Mascate

— Oh, merda... - Disse consigo Hanneiros ainda sentindo as pernas molhadas da travessia. Seria tolo pensar em sonhos de riqueza? Para ele, parecia que sim. Especialmente depois de ter sua pequena riqueza que foi roubada e culminou com sua prisão.

Ainda assim não se fazia de rogado, adiantou o passo para ficar próximo do goblin e do orc. — Qual será nossa rota? Acham que ainda hoje chegamos em algum povoado?

Grundar, Orc, Caçador

— Eu me pergunto como a maldição do rei cruel foi quebrada. Aquele menestrel insolente, sempre com meias verdades. Se existem fantasmas e hordas demoníacas eu não sei, só sei que deve estar lotado de saqueadores como nós, ainda mais com a língua solta daquele bardo.

Gruntar, como todos os orcs, não era bem quisto em lugar algum, senão nos ermos onde escolheu viver. A união do goblin ao grupo representava certo risco à sua posição de mateiro, visto que esta era, também, a especialidade de Irmis. _

O orc ouviu o questionamento do Mascate e buscou o mais rápido possível em sua memória os conhecimentos daquela região. Queria parecer prestativo para o grupo. Pensou que outra solução para parecer mais útil seria afogar o goblin na lamina d’água do rio, e então se esforçou para conter um riso de divertimento._

Hanneiros, Semielfo, Mascate

Ele suspira com o comentário do orc. Nem sabia exatamente porquê. — Tantos escutam histórias, mas são poucos os que as perseguem. - Comenta enquanto anda ao seu lado.

Irmis, Goblin, Caçador

Do meu lado, Sombra se chacoalha toda para se secar e espirra água em mim, enquanto eu tento me secar..

Ow ow! Peraí, Sombra! Eu já tomei meu banho.. o banho do mês! hahah ..

e, tendo ouvido o Semielfo, respondo confiante:_

— Então.. permanecer nas planícies não é bom, a não ser que queiram assar ao sol, que já está ficando forte demais pro meu gosto, ou caso queiram ser vistos facilmente por qualquer saqueador ou besta que esteja de bobeira... eu sugiro que caminhemos até chegarmos em algum bosque ou floresta, que inclusive é um lugar melhor para montarmos acampamento.

Irmis, Goblin, Caçador

Corro para alcançar Hanneiros e Grundar - Concorda comigo, javalizão? 

 Me referindo brincando ao colega de masmorra/prisão que tem presas à mostra e é nervosinho igual ao animal

Jabari, o Caramelo, Lupino

Depois de me enxugar chacoalhando como a colega Sombra, começo a ver onde me meti com esse grupo tão peculiar... O Irmis e Grundar são gente boa, o garoto Maê parece que ainda não assimilou os pecados de seu povo, talvez ainda teste esperança pra ele. Não sei bem sobre o meio elfo, mas uma coisa é certa com ele vai ser mais fácil conseguir alguns itens interessantes. Isso até me lembra da primeira vez que sai da Mata das Presas... Jovem, idealista, queria provar tanta coisa... Agora não importa mais... Estou pensando demais, vejo que já estou sóbrio.

— Ei! Ei! Alguém tem alguma coisa pra beber? Eu estou TÃO cansado... Essa travessia no rio foi exaustiva e eu não consegui dormir muito bem a noite passada... Uma ajudinha para um pobre velho caros amigos...

Grundar, Orc, Caçador

— Eu farei a nossa rota, Quaselfo, não se preocupe. Estamos a um dia de viagem da Covas pelo que foi dito em Aguaçeiro, mas não vamos pela estrada, e sim pela floresta, como bem observou o goblin - ele tomou então a dianteira do grupo e procurou fazer o melhor caminho possível, buscando margear a floresta e a adentrando quando fosse interessante.

— Mal enveredamos para nosso destino e você já está resmungando, Pulguento? – se referia a Jabari – essa viagem vai ser mais difícil do que eu imaginava – e trilhou o caminho resmungando por algum tempo.

Irmis, Goblin, Caçador

— Ow Javachilique.. e se a Fumaça e eu formos na frente e você ficar de olho em qualquer perigo? Afinal... gesticulo com minha mão acima da cabeça, realçando meu tamanho .. acho que você tem um ponto de vista mais privilegiado hahah

Jabari, o Caramelo, Lupino

Mantenho minha atenção nos arredores. É verdade que o menestrel não contou essa história só para nosso grupo. Devem ter outros mercenários em nosso encalço ou mesmo já a nossa frente. Tenho que estar atento, mas para esses garotos minha pose de velho bêbado vai bastar... Finjo tropeçar entre Grundar e Irmis e mantenho a voz chorosa...

— É a idade meu filho, não sou mais tão jovem quanto vocês. Espero chegarem a minha idade para entenderem.

Narrador

A escolha foi seguir direto pela floresta ao sul da Vila do Aguaceiro em busca de ocular a passagem do grupo de olhos indesejados.

Os primeiros 10 km se mostraram calmos nessa parte da manhã.

Gruntar mantém o pique, conduzindo com qualidade os seus companheiros em meio às árvores que protegem do sol que queima numa manhã fria. E assim, chegamos ao fim da manhã.

Animado pela possibilidade de ajudar o grupo, Irmis avança com sua loba. A jornada começou tranquila até que o goblin, começou a se preocupar. Ele por um tempo sentiu que perdeu a orientação. O suor começou a brotar no seu rosto. A loba sentiu o pânico do seu companheiro e começou a ficar inquieta. Quando isso aconteceu, Irmis, parou. Olhou para o alto, buscou a luz do sol e escolheu a direção a seguir. Depois de um tempo ele saiu do interior da floresta e compreendeu que não estava tão longe do trajeto que precisa seguir. Mas não se afastou mais da borda da floresta

Grundar, Orc, Caçador

Muitos dos pensamentos de Grundar eram perniciosos. Ainda que fossem um grupo, ele não confiava inteiramente nos outros integrantes. Ele guiou o grupo por metade da jornada e resolveu revezar com Irmis em determinado ponto, ponto esse que ele julgou ser o mais complicado. Dito e feito, o Goblin teve alguns percalços e sofreu desgastes para concluir a condução do grupo, ainda mais com os deboches velados e esporádicos que Grundar fazia - Precisa de um guia, mestre Goblin? - disse em tom sarcástico.

Narrador

A aldeia é uma visão muito bem-vinda. Uma porção de casas bem construídas estão perto umas das outras, ligeiramente obscurecidas pela fumaça de chaminés. Vocês escutam o som de crianças brincando e sentem o cheiro de carne assada. Quando vocês se aproximam, veem uma muralha baixa feita de pedra circulando o pequeno assentamento que é guardado por um punhado de torres simples, também de pedra. Vocês veem uma placa de madeira, colocada perto da estrada, na qual se lê: “Bem-vindo Às Covas — beba de nossas canecas, coma de nossas tigelas, mas honre os mortos que andam entre nós.”

Continua ...

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