Hanneiros, Semielfo, Mascate
— Graças a Argila chegamos em um assentamento! - Disse Hanneiros aliviado. Ele tinha visto como Irmis estava abalado com o trajeto que fizeram. O que era uma preocupação real para todos.
— Não vamos perder tempo, vamos entrar logo. Aproveitar e perguntar sobre o que estamos atrás.
Jabari, o Caramelo, Lupino, Ladino
Parece que Irmis teve problemas para se localizar e passamos bem perto do território de Gruntar, de toda forma nenhum deles quis compartilhar seus pensamentos. É preciso mais observação...
— Finalmente! Eu preciso de algo para beber. Será que tem alguma taberna por aqui? E uma igreja ou templo? Isso é muito importante. Sim, sim muito importante. Preciso saber se tem algo assim por aqui. Alguém sabe?
Irmis, Goblin, Caçador
— Guia pra quê, Gruntar?! Chegamos na cidade, não chegamos? Então o trabalho foi feito como deveria.. e sem nenhum problema pra nenhum de vocês, inclusive! Continuo caminhando diante do grupo, entrando na cidade, mas ainda pensando em como que eu confundi a posição do sol alguns momentos antes.. "Bem provável que foi o banho fora do programado.. ou pode ter sido fome mesmo.."
— Enfim.. bora que esse cheiro está maravilhoso e eu quero achar a fonte dele! Você vem comigo, Jabari?
Jabari, o Caramelo, Lupino, Ladino
— Cheiro? Vamos sim, com certeza. Eu estou a beira da morte de fome e principalmente sede. Mas não me deixe esquecer se existe algum templo por aqui tudo bem? Quem mais nos acompanha?
Maê, Humano, Ginete
Me aproximo de Irmis
— Eu também estou com fome. Por acaso, vocês tem dinheiro?
Irmis, Goblin, Caçador
- Olha.. eu acho que esse teu cavalo aí daria um bom dinheiro, hein
hahah não acha, Jabari?
Jabari, o Caramelo, Lupino, Ladino
Eu sussurro para Irmis que talvez o cavalo seja em si uma ótima refeição, mas tomo cuidado para que o jovem Maê não perceba e já embalo a plenos pulmões:
— Vocês se preocupam demais com coisas matérias. Vamos garoto pelado. Quando chegarmos lá não quero ver garçom parado nem puta triste!
Narrador
A estrada entra na aldeia por meio de um enorme portão de carvalho reforçado com ferro. O portão tem uma janela. Ao lado do portão há um sino de cobre desgastado preso ao muro.
Maê, Humano, Ginete
Falo baixinho com o cavalo
— Não se preocupe amigo, ninguém vai te vender.
Escutando o chamado de Jabari, o acompanho me perguntando: "porque ele me chama de garoto pelado se eu estou vestido."
Hanneiros, Semielfo, Mascate
Enquanto os colegas conversam e se insultam mutuamente, Hanneiros vai até o sino de cobre e o toca duas vezes.
Narrador
O toque do sino soa no ar. Num cercado à esquerda dos aventureiros, vacas e cavalos levantam suas cabeças, os observando com curiosidade.
Depois de um tempo que parecia transformar o entardecer, num escurecer da noite, uma pessoa aparece e vocês vêem um par de olhos pela janela do portão ao ser aberta.
— Opa, forasteiros! Havia acabado de fechar.
De repente, seus olhos se arregalam.
— E esse orc aí?
Jabari, o Caramelo, Lupino, Ladino
— Meu bom homem, esse Orc é apenas nosso guia. Ele não vai entrar na cidade, seu trabalho já está feito. Por favor faça a gentileza de nós deixar entrar. Eu preciso de abrigo, como pode ver já sou um pobre velho inválido.
Narrador
O olhar do aldeão migra para o lupino e em seguida não vemos mais pois a janela foi fechada.
— Só só, um intan-tante. Voltamo-mo-mos já!
Depois ouvimos o homem gritando, pedindo a Oobeg para chamar o Jovem Magrelo e a Senhora Pollmor.
Não demora muito, a janela é aberta novamente, mas com um novo rosto com olhos atormentados. O rosto sorrir e diz:
— Olá, cachorrinho!
Grundar, Orc, Caçador
— Abra logo este maldito portão. Se fossemos causar problemas, não bateríamos na porta.
Jabari, o Caramelo, Lupino, Ladino
Fico imaginando de quantas formas eu poderia matar esse sem-pelagem sem ao menos ele percebesse o ocorrido. — Olá, por favor, um abrigo meu senhor...
Narrador
O sorriso do menino continua.
— Vocês querem entrar é? É pra já.
Vocês ouvem um arrastar de madeira e depois uma das bandas do portão de madeira é puxado para dentro, revelando o interior da vila.
Hanneiros, Semielfo, Mascate
O meio elfo fica ressabiado com aquela troca de palavras. Que diabos estava acontecendo ali? Ele se aproxima cauteloso e tenta ver melhor o que está para dentro.
— Eu teria cuidado... — Sussurra para os companheiros.
Narrador
Ao fundo um grito:
— Perko, garoto idiota, o que você fez?
Então, você vêem o garoto correndo para fugir da bronca.
Hanneiros, Semielfo, Mascate
O meio elfo arregala os olhos e sussurra:
— Rápido, pamonhas, entrem, mas sem fazer alarde!
Ele entra tentando ser o mais casual possível e falando um tanto mais alto que o normal: — Nossa, mas que assentamento bem aparecido. Uma sorte que tenhamos chegado à tempo de pernoitar!
Narrador
Ao passo que vocês entram, é possível observar à direita de vocês uma casa com um quintal amplo, umas galinhas começam a cocoricar quando um cachorro começa a latir, correndo para a cerca.
O homem que gritou para o garoto que fugiu, olha para a esquerda e vocês vêem mais dois chegarem. Parecem ser guardas da milícia. Estão com lanças e protegidos por couro batido.
— Perko a-abriu o portão e eles, eles entraram. Chamei vocês para saber o que fazer.
Os guardas observam vocês.
— Entendi, disse um deles.
— Sejam bem vindos desde que pacificamente, viajantes. Aqui é um lugar agradável para pernoitar em dias de distância daqui, segundo ouvi dizer.
Jabari, o Caramelo, Lupino, Ladino
Eu preciso me acalmar. O que está acontecendo com você Jabari? Você não liga mais lembra? Será que sair pra me aventurar com um grupo de companheiros está mexendo comigo? Me trazendo lembranças? Esqueça isso. Lembre-se: não importa mais. Deixe que eles lidem agora, observe e se acalme.
Hanneiros, Semielfo, Mascate
Indo em direção aos guardas, Hanneiros traz a atenção para si.
— Só temos a agradecer ao garoto então, pois de fato estamos caminhando a vários dias e hoje mesmo não paramos desde o amanhecer. Onde podemos encontrar uma pousada que acomode nós todos?
Narrador
— Logo ali temos a estalagem Mão do Morto, diz o guarda, apontando para uma das construções desse círculo de estabelecimentos. No centro do círculo, vocês conseguem ver um poço e à direita dele, o que provavelmente é uma ferraria.
Depois do poço, uma mulher e dois guardas portando arcos e machados na cintura, descem degraus da encosta de um morro escurecido pela noite.
Vocês também percebem algo peculiar no local. Há várias trilhas de pedras lisas pintadas de vermelho espalhadas pela vila, saindo das casas, dos estabelecimentos, do poço e mais lugares que a escuridão esconde.
— Sou o guarda Souka, meio-elfo. E o seu nome? Péricla, vá fechar o portão, já anoiteceu. Ele se dirige agora para o homem assustadiço.
Grundar, Orc, Caçador
— Mão do Morto? Onde está o resto do corpo? Aposto que nas refeições que são servidas — riu da própria piada mórbida.
Acompanhando Hanneiros, o Orc interpelou o guarda: - O que são essas trilhas pintadas em vermelho?
Hanneiros, Semielfo, Mascate
— Não é o nome mais auspicioso que já vi, mas vai nos servir muito bem. Obrigado... Ele espera o soldado se apresentar, logo depois de complementar o comentário de Grundar. — Perfeito! Souka. Pode me chamar de Hannes. - Ele sorri estendendo a mão. — Muito grato pelas informações.
Grundar pergunta das trilhas pintadas. O meio elfo aproveita para relevar o assunto. — São bem pitorescas.
Jabari, o Caramelo, Lupino, Ladino
Já mais calmo me intero da conversa.
— Ora vamos meus amigos, por favor, se passar mais um minuto com sede aqui acabarei por desmaiar e vocês terão que me carregar. Vamos logo, seja no morto todo ou só a mão eu preciso molhar o bico.
Irmis, Goblin, Caçador
— Hahaha sempre me impressiono com essa sede descomunal.. provável que antes de ser um lobo tu devias ser um camelo!
Começo a caminhar em direção à estalagem
— ah, e obrigado pela recepção! Ofereço um joia pro guarda.
Narrador
Souka olha para o Orc e sorri da piada.
— Ainda é cedo para sorri. - E sorrir também.
Ele olha para trás, ao ouvir passos pela trilha de pedras.
—- Acho que a algazarra trouxe a anciã para vê-los, senhores. Ah, sobre as trilhas em vermelho, os mortos preferem assim.
Jabari, o Caramelo, Lupino, Ladino
— Que papo mais chato. Espere Irmis eu vou com você antes que caia desnutrido e desidratado aqui.
Narrador
— Guarda Souka, qual o motivo dessa gritaria? Querem acordar os mortos tão cedo?
A voz mal humorada da senhora Pollmar parece reverberar de forma desagradável no crânio de vocês. Ela é uma mulher já idosa, cujo semblante revela um peso por responsabilidades cada vez maiores.
— Apenas um mal entendido, senhora. Péricla confundiu um orc com dez orcs, um goblin por uma turba.
— Espero que tenham lido o lema de nossa vila, estrangeiros. A Mão do Morto é um bom lugar para passar a noite. Olm tratará bem de vocês. Só evitem o outro lado da ponte, pessoas de má índole vivem lá.
Ela se retira sem dizer mais uma palavra.
Souka se dirige ao Maê:
— Senhor, você pode deixar seu animal ali, apontando para uma construção ao lado do portão.
— E, senhor goblin, o velho Olm hoje se arrependerá de não ter colocado uma placa proibindo animais em sua estalagem. Sinceramente, não temos lugar para um lobo aqui.
— Ainda tenho mais uma hora em meu posto. Talvez eu veja vocês mais tarde.
Jabari, o Caramelo, Lupino, Ladino
Os impulsos quase me levam novamente, mas me contenho e fecho a boca sem proferir nenhuma palavra.
Continua...
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