Campanha de Dungeon World num Cenário Próprio

As Crônicas das Terras Apartadas, Primeiras sessões

Ano 805 PD.

Estrelando:
  • Eduardo, como o ranger elfo, Throndir
  • Igor, como o ladrão halfling Balgrim
  • Marcus, como o paladino humano Edgard
  • Maurício, como o mago humano Vitus
  • Renan, como o clérigo humano Agnus
Lá vem o Marcus!

Nossa história começa numa noite fria de primavera na área mais reservada da estalagem de Ledius chamada Anão de Pedra (homenagem ao seu amigo anão petrificado por uma medusa) que fica na capital do reino de Astrilis, Nipem, onde o elfo Throndir conversava com seu amigo humano Edgard. Ambos tomavam seu hidromel e observavam à distância uma mesa barulhenta onde alguns rapazes jogavam dados. O paladino percebeu que havia uma trapaça naquela jogatina e resolveu levantar-se e acabar com aquele esquema. O elfo o acompanhou e temia pelo que estava por vir.

Edgard pegou um dos dados, revelou o embuste e a confusão estava armada. A luta não durou muito. Os dois companheiros deixaram alguns mortos e tudo isso foi observado pelo homem sentado numa mesa ao fundo.

Marcus de Tokrina é um conhecido contato entre os interessados por mercenários, assassinos, espiões, ladrões e rastreadores. Fez sua carreira em cima das mudanças ocorridas ao longo da última década. Ele veio de Tokrina, cidade predominantemente humana atacada e destruída pelo Império do Dragão.

E Marcus, conhecia Throndir de outros carnavais. A atuação dos dois amigos significou que ele encontrou quem poderá realizar a missão que o contratante quer. Assim, os dois foram chamados por Marcus. O intermediário conta que um contratante misterioso precisa de um livro que se encontra provavelmente numa torre próxima ao Rio Veio Verde no território do Império.

O preço do serviço e o destino foram suficientes para que ambos aceitassem o contrato. Então, Marcus, explica que eles devem partir amanhã bem cedo pois o contratante tem pressa. Edgard e Throndir vão atrás de outros companheiros para essa empreitada. Throndir convence o halfling Balgrim e o mago Vitus a ir com eles; Edgard fala com o clérico de Materidon, Agnus, que aceita o convite.

Na manhã seguinte, os companheiros encontram Marcus nas docas e este os apresenta ao comandante do navio Gaivota Sangrenta, o capitão Verus, que os levará até a Veio Verde pela amplo Rio Armejan.

O Velho, o Troll e os Goblins


A viagem que dura quase uma manhã inteira ocorre com tranquilidade. A eles são entregues dois pequenos barcos com remos. Os tripulantes desejam boa sorte, alertam quantos aos homens-lagartos e descem o leito do rio rumo ao litoral. Agora os aventureiros estão prestes a entrar em terreno inimigo.


Sabe-se que o rio que eles percorrem agora faz fronteira em sua margem esquerda com o reino dos elfos de Enzo Anril. Os imperialistas nessa área são representados majoritariamente pelos homens-lagarto que ao longo das margens do Rio Armejan costumam fazer incursões e ataques aos navios mercantes. O medo dos heróis seria encontrar com eles em situação desvantajosa. Realmente eles não tiverem tempo de sair do rio. Logo foram atacados por um grupo contendo mais de dez homens-lagarto. O combate foi medonho mas a superioridade numérica dos monstros foi superada pela força e habilidade dos aventureiros.

O mago Vitus tornou Balgrim invisível e o halfling aterrorizou a retaguarda dos homens-lagarto. O paladino e o clérico foram os mais visados com a maior parte dos monstros indo pra cima deles. Throndir tentou proteger o mago dos inimigos mas acabou se ferindo gravemente pelas lanças. Por fim, somente sobrou um inimigo enquanto outra parte fugiu. A criatura foi interrogada e declarou que não sabia onde existia uma torre mas sabe quem poderia dizer algo sobre isso: um velho que mora perto de um monte.

Fizeram uma pequena parada após soltarem o homem-lagarto para descansar e cura as feridas. Vitus tentou curar o ranger mas quase o levou a morte ao erroneamente disparar um míssil mágico nele.

E assim eles seguiram rumo ao nascer do sol, sempre subindo. E por lá eles começaram a ver as belezas de uma terra sem pessoas. Viram o rio de onde vieram do alto e avistaram homens-lagarto, provavelmente. Desse ponto, numa estrada em desuso eles sentiram um tremor vindo de trás, numa parte mais alta do terreno. Acontece que era uma criatura grande e forte descendo com passadas firmes. Então acontece que aquele era um troll e falou com eles. Nossos heróis se espantaram mas a verdade logo foi revelada. Quem falou era o velho que estava nas costas no monstro numa cangalha.

O velho apresentou-se como Ed, o Velho. Seu companheiro troll era o Igor. E o velho vivia realmente numa casa de madeira na base de um monte muito bonito e foi para lá que ele os levou. Não havia somente os dois mas também uma família de goblins: Tug, o macho, Zora, a sua esposa, e o filhote Tug Rog.

Os aventureiros sentiram-se tão bem recebidos e acolhidos que a estranha relação entre o velho e os monstros ficou em segundo plano. Assim eles passaram o resto do dia e da noite descansando da longa viagem para então partirem bem cedo para o cume do monte onde há uma torre de magos.

A Torre do Monte

O dia veio e Tug os guiou até o início da subida. Então começou uma dura caminhada sempre em subida que levou toda a manhã. Lá em cima eles viram muitas coisas: o Rio Armejan, Rio Veio Verde, a Floresta de Enzo Anril,  Lago da Donzela e a própria torre, no centro do monte. Uma construção de pedra negra em formato de éle (L) abandonada e com uma porta semidestruída. Eles entraram numa sala levemente iluminada pela entrada. Notaram a limpeza do local que destoava da ideia de abandono. Havia duas opções de caminho: descer para o subsolo ou subir as escada da torre.

A torre foi escolhida para ser visitada em primeiro lugar. Ao pé da escada eles foram atacados de cima. Uma grande criatura gelatinosa caiu sobre Throndir, Edgard e Agnus. O elfo foi o primeiro a conseguir sair de dentro do cubo de gelatina e ajudar os demais a atacar e salvar os colegas. Ao final de um combate desastrado que incluiu uma flecha amiga nas nádegas do halfling, os aventureiros seguiram adiante. No último andar eles encontraram uma porta. O halfling mais uma vez foi infeliz quando examinou a porta e levou um choque que o jogou até a parede oposta e o chão das escadas abaixo.

Sem condições de seguir adiante por conta dessa armadilha mágica, eles resolveram descer para o subsolo. Nas escadas que levam aos subterrâneos haviam esqueletos de reptilianos. Por boa parte do caminho adiante, outros corpos foram encontrados. Quem ou o quê havia matado aquelas criaturas? Os ex-moradores? Ou alguma outra coisa?

Encontraram uma cozinha e uma despensa com alimentos podres e estragados. Andaram mais um pouco sob a luz mágica de Vitus e chegaram a uma salão onde provavelmente os antigos moradores faziam suas refeições. Dali eles viram uma luz tênue esverdeada. Decidiram seguir naquela direção e entraram numa sala que servia com uma espécie de laboratório. Na parede oposta haviam cilindros contendo um líquido brilhoso e corpos em quatro dos cinco recipientes com mais de dois metros de altura. Reconheceram um humano, uma dríade, um gnoll e um sátiro. Todos vivos!

Mas não tiveram mais tempo para examinar. Throndir alertou os demais que alguma coisa estava vindo pelo corredor. Era uma criatura com três cabeças e corpo felino que começou lançando uma rajada com líquido venenoso com umas das cabeças e uma baforada de fogo com a cabeça maior, a central. Cercando e atacando o monstro por todos os lados, eles mataram a criatura com certa facilidade.

Até o momento eles não encontraram o livro e uma criatura vivam dentro de cilindros enormes e enfrentaram dois monstros. O que ainda falta aparecer?

Continua...

Este artigo é original do blog Mosaico Livre mas fica melhor aqui do que lá.

Sobre Dungeon World no Brasil seguem os links da Secular Games e do Mestre das Antigas.

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