Imperial Settlers
No início
era o nada.
Então,
quatro linhas divisórias foram postas, e assim se fez o mundo.
As quatro
civilizações equidistantes se preparavam para colonização. E então, do baralho
a direita receberam duas cartas. Do baralho comum vieram outras duas, aquelas
seriam as pedras fundamentais sobre as quais surgiria um império.
Iniciado o
jogo, cada um receberia mais uma carta de sua facção. Dos seus lugares, os
jogadores observavam cinco cartas que foram dispostas a mesa, oriundas da pilha
dos comuns. Em sentido horário cada um fez uma opção. O processo foi repetido
em sentido inverso.
A primeira
Era se iniciava.
Sobre as
linhas divisórias surgiram os recursos. Cada um recebeu em quantidades e
espécies diferentes, aquilo que era seu por direito.
Aquele com
a marca de primeiro jogador deu início às ações.
A
construção de locais era simples. Na superfície direita era possível a edificação
de locais comuns. Terrenos plebeus onde povos não dominadores ergueriam seus
prédios. Do lado oposto, no esquerdino, os imóveis das facções seriam fundados.
A ordenação territorial para todos as edificações era predeterminada. Na linha
superior haviam as zonas produtoras, no interposto seriam construídas as áreas
de habilidades, na posição última, os prédios responsáveis pelas ações.
Pagando
tanto por tanto, era possível construir o imóvel desejado, diretamente da mão
do jogador, posto em seguida sobre a mesa. Os prédios imperiais, como custo
adicional pela complexidade e atributos elevados, exigiam, em regra, que fossem
construídos sobre uma fundação. A fundação poderia decorrer da destruição,
voluntária ou provocada, de um prédio já construído.
A geração
de recursos era obtida através das localizações produtoras, da coleta em áreas
distantes, executada por dois trabalhadores, das ações em imóveis construídos e
dos acordos. A construção do imóvel
produtor ou a pactuação de acordo permitia imediato fornecimento dos recursos
correlatos.
Em tempos
remotos, um aperto de mão e um alimento eram suficientes para firmarem acordos
de fornecimentos de bens. Cada carta de facção permitia o acordo ao custo de
uma comida.
A pilhagem
era prática permitida. A destruição dos lugares a construir ou construídos
concediam despojos. A possibilidade de ataque aos terrenos vizinhos exigia o
dobro do custo (duas espadas), fornecendo insumos para a construção do império,
deixando ao atacado uma madeira e as ruínas da construção, aptas a servir de
fundação.
Os prédios
de ação, postos na parte inferior do território, permitiam serem ativados
conforme suas particularidades, concedendo recursos, pontos ou efeitos
próprios.
As
civilizações assimétricas se destacavam cada uma ao seu modo, permitindo o
armazenamento de recursos conforme a afinidade de seu povo. Os demais recursos,
ultrapassada a fase produtiva e de ações, se perderiam no tempo. Essa era
conhecida como fase de limpeza.
Durante o
decurso da peleja as civilizações adquiram pontos de prestígio, valor
sociocultural positivo atribuído ao grupo que ocasiona a imposição deste frente
aos demais. Estes advieram da ativação de edifícios com tal finalidade, ou da
construção dos prédios. Ao fim da quinta era, encerraram-se as atividades,
contabilizou-se a pontuação e determinou-se o vencedor.
Imperial
Settlers trouxe uma partida sem delongas, objetiva e de qualidade. A estratégia é
variável, sempre presente, cada ação fora meticulosamente
refletida.
Ao final,
houve uma pretensão de retorno, um desejo de nova partida com outra civilização.
Esses pequenos impérios permaneceram reverberando na memória, uma das qualidades
deste lindo euro leve.
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